13 de maio de 2008

Rato azul

A lua que outrora estava aqui, neste exato instante, deixou de existir a pouco mais de um milésimo de segundo, foi um pouco mais do que a velocidade com que meus olhos piscaram pela ultima vez.
As mensagens subliminares que deixei foram vãs e como o lixo que se retira do fundo dos armários, foram arrancadas com força e jogadas num lixo qualquer.
Pequenas lembranças foram esquecidas e continuam penduras na parede daquele quarto imundo e vazio.
Janelas foram devidamente trancadas na tentativa frustrada de resistir aos teus chamados e espetáculo teatrais que por tantas vezes me deixaram desarmada.
Depois de tantos esforços, restaurei meu amor à chuva. Amor esse que se restringe a tempestades impetuosas com direito a trovoes e trovoadas. E pelo que sei, chuvas de verão não se enquadram nesse aspecto.Mas é claro que aquele sol de ponta ainda me deixa embaraçada, e que aquele pequeno ratinho azul ainda me olha dormir do alto da estante de madeira.