24 de julho de 2009

Felicidade!

Ter dezenove anos, ah, quanta vontade de viver!
Meu corpo funciona como uma perfeita maquina que não precisa de reparos.
Posso comer o que quiser, beber o que quiser, e não me preocupo se vou viver mais dez anos ou dez minutos.
Não sou mais uma criança, não sou adulta.
Posso fazer pirraça, manha e até me descabelar; posso ser séria, olhar por cima e decidir que direção tomar. Tomar como se toma um bom gole de tequila, ou um remédio amargo desses que fazem os olhos se fecharem e as papilas reclamarem, mas que me ensinam a não tomar chuva após um banho quente, ou a tomar um banho quente após a chuva.
Posso reclamar o quanto quiser do desconcerto do mundo e não fazer absolutamente nada pra muda-lo, ou então, posso muda-lo pra não reclamar de absolutamente nada. Posso tentar o concertar a meu modo, talvez de certo, talvez não... E se eu descobrir que o meu modo não era o melhor e que me desgastei em vão, posso me sentar e chorar feito uma criança. E depois de chorar um rio da lágrimas eu posso me levantar e tentar novamente, com um fôlego renovado e um ar de experiência.
Posso assistir os meus desenhos da infância com a nostalgia de um velho e rir deles com os sorrisos de um pequeno.
Posso amar e jurar que vai ser pra sempre, posso acreditar que o pra sempre existe mesmo!
E quando eu descobrir que não existe, posso jurar que essa dor vai acabar... E ela vai mesmo...
Posso fugir da realidade e viajar nos meus pensamentos sem me preocupar com conseqüências.
Eu posso! Talvez esse seja o maior exemplo de felicidade, ou quem sabe, de uma feliz idade!