6 de abril de 2008

Me faltou.

Eu esperei pelo tempo
impreciso,
lutei contra todo o
possivel, e
tive a coragem nescessária.
Pra tentar,
Pra chegar,
Pra dizer e pra
Falar.

Me faltou.

Faltou a minha
essencia vital,
aquela maneira
espiral de dizer
em rotações tudo
o que era preciso.

Faltou um pouco de
ternura,
uma espada, um
estandarte e uma armadura.

Faltou um segundo,
um pedaço qualquer
de um mundo.

Faltou uma sequencia qualquer,
uma faca, uma força,
uma coragem de mulher.
Faltou qualquer coisa.

Me sobra vazio.
Me falta tua presença,
tua incoerencia e o
sorriso que me fez
uma dia acreditar.

Menina qualquer.

Ela sempre sorriu de canto,
sempre viveu no meio,
e se escondeu no pranto.

Sempre foi menina, sempre foi
mulher.
Ela sempre soube do mundo,
soube de labirintos,
sempre foi a fundo.
De tudo.

Sempre foi alerta,
sempre foi incognita,
prisioneira dileta.

Sempre foi inspiração,
sempre foi tom,
melodia e canção.

Sempre foi uma menina qualquer,
Uma criança com 'Q'
de mulher.
Sempre e sempre.

Só ele não sabia disso.

Canto.

Eu não tenho ideia
Dos mil pensamentos
que habitam seu pensar.

Não sei dos sentimentos
Que te balançam, te embriagam
e te confortam.

Não sei das sensações
que te fazem suspirar,
dos desejos e acalantos.

Fico quieta.
Inexacta.
Em qualquer canto.

Que podia bem ser
o mesmo que o seu.