4 de fevereiro de 2011

Dear Julie III

O dia havia acordado meio sem graça. A brisa que batia na janela já era quase vento, e a vontade de sair de casa não chegava.
Julie não queria mesmo, era sair de si mesma. Tinha medo.
Seu lar era seu refúgio mas seguro, mas nem mesmo dentro dele ela era o que realmente era. Ela sempre era as coisas que imaginava ser.
Era a secretária, era a moça sozinha, era doce, era um conjunto de coisas que almejava, sem jamais deixar de pensar antes de ser.
A consciência de quem era aterrorizava os dias e as noites de Julie. Como se ela fosse, de verdade, tão ruim assim. Eu duvido!