19 de agosto de 2007

Parasita.

Me aproveito da dor e do sofrimento
Pra canalizar o que penso.
Como um parasita oportunista
Sigo sozinha , desejando não ser vista
Mas os teus olhos lânguidos me vêem,
E não me enxergam.

É como se eu fosse uma vidraça,
que tua visão ultrapassa.
Não há nada a ser visto,
Apenas nota-se que existo.

Se tivesse a magia em meu poder
E quisesse não querer
Talvez não doeria tanto saber
Que o mundo não te quer pra mim.
Te quer pra ele.

A certeza de que um dia você vai
Me procurar,
Em pequenos gestos, em olhos que olhar
Me mantêm erguida mesmo sem saída , eu me mantenho
em pé
Pra enfrentar tudo, venha o que vier!

E nossa história vai virar canção
Cantada pelos sábios de razão
E o teu mundo jamais será o mesmo.



Magda Nagasawa