22 de outubro de 2008

Tempo meu

E tudo a meu tempo.
No vai e vem dos meus ponteiros,
Nos meus tic tacs, nos meus desesperos.

Nos meus segundos e terceiros.
Volta e meio, meio e quarto.
Sem pressa, sem alheio,
Simples devaneio.

O ponteiro vai,
não vem.
Não se preocupa em me esperar.
Eu corro, corro.
Nada de deixar a vida passar.

21 de outubro de 2008

Sim, não, talvez.

' Sinto que você é ligado a mim
Sempre que estou indo, volto atrás
Estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais ' {*}


E pode até ser que eu tenha sonhado demais, e que meus pés por mais de uma vez tenham estado fora do chão. Eles nunca foram muito bons na arte da precisão. Sempre me guiaram por onde nem sei.
E pode ser, também ,que eu tenha estado menos livre das coisas que alardeei estar. Por milhões de motivos. Talvez.
Fiz minhas próprias escolhas, fiz o que deveria ter feito. As cartas já foram devidamente lançadas e o que não esta mais em minhas mãos esta agora nas mãos de um tal de destino.
O que me permito segurar continua preso entre meus dedos esperando o próximo impulso, o proximo devaneio insandecido que me dominara.
Como por encanto as cartas sabem que o momento chegara e sabem de cor o caminho que teram que percorrer até o chão.
Eu sinceramente não sei nem qual será meu proximo passo.
E qual a graça em sabe-lo?
Quero a surpresa incontestavel!
Quero desconhecer o que me une a você e todas as questões universais do meu mundo.
Quero esquecer o sim, o não, o talvez.
Já quis tantas coisas que perco a conta.
Não me dou conta que sou uma outra, desta vez.


{*} Vanessa da Mata - Amado